sábado, 11 de junho de 2011

festas juninas


Não existe modo educado, gentil ou sem criar controvérsias para o que eu vou dizer. Acho melhor tirar do meu sistema e aguentar o rojão. 
Lá vai:
Eu ODEIO festas juninas. 
#Prontofalei.
Já me sinto melhor, obrigada. Podem fazer seus comentários e me linchar como se fosse a Geni.
Porque essa emoção toda para tão pouca coisa? Vou te contar.
O primeiro e mais importante motivo: não gosto, mas não gosto mesmo de nada sertanejo, country, forró ou equivalências do tema (será que dá para perceber isso pelo blog?). Adoro uma fazenda, gosto mais ainda de um cabloquinho gostoso (se o caboclinho gostoso estiver me servindo um caboclinho gostoso então nem se fala!), mas na solidão visual pura que a natureza oferece.
O que me faz gostar ainda menos: a obrigação de presenciar minhas crias, devidamente adestradas, fazendo uma dancinha capenga. 
A parte da fantasia até que não me incomoda tanto, até me divirto maquiando e vestindo Fofoquinha e Matraca-Trica, ano passado fiz o vestido de Fofoquinha do zero. Uma hora e meia de preparação, muitas fotos para a posteridade (ou vocês acham que eu ia perder a chance de mostrar essas imagens para os futuros namorados e matá-los de vergonha daqui alguns anos??) para 10 minutos de show.
A parte entre o sair de casa e o abrir a porta dela na volta também não ajuda nada. Perto da escola já começa o trânsito, a perrenha para estacionar, as discussões por causa de vagas com pais estressados e que deixaram a civilidade em casa e a correria porque, lógico, tudo isso atrasou as crianças e elas tinham que estar na concentração vinte minutos atrás. 
Achar, depois de entregar a cria para a professora, lugar para se acomodar entre lugares "reservados" (notaram as aspas?), bolsas e crianças menores e avós e tios e babás, transitando no meio do que eu chamo de Ladeira Porto Geral em véspera de Natal, só para ter vários adultos em pé na sua frente lutando por um bom ângulo para fotografar o filho. 
Lógico que quando chega a vez de Fofoquinha ou Matraca-Trica se apresentarem, estou sempre do lado oposto onde eles estão, e não há zoom na face da terra que me permita tirar uma foto em que dê para saber quem é quem. Vagamente. Já ficaria satisfeita se desse para, pelo menos, reconhecer a cor da roupa. Isso quando consigo assistir alguma coisa, tantos são os pais amontoados fotografando e filmando o evento. Não que eu não faça a mesma coisa.
Para quem gosta de muvuca, filas para tudo, prendas Made in China que quebram só com um olhar mais severo, comida de péssima qualidade e música de gosto prá lá de duvidoso (na minha singela e pessoal opinião, não tenho nada contra), festa junina é um prato cheio. 
Francamente (dá para ser ainda mais franca?), não vejo a hora de passar essa bola adiante e me fingir de morta em uma rede de uma fazenda bem longe da civilização.
Agora você vai me dizer: mas as crianças amam, se divertem de montão. Concordo e não discuto. Elas acham super bacana mesmo.
E porque você acha que, entra ano sai ano, eu pago esse mico?

Um comentário:

Anônimo disse...

Flavia, é minha primeira visita no seu blog, e logo caiu num tema que pra mim é caro. Eu gosto de festa junina... Acho que a festa que você descreveu confere com um conceito: GIPE (good idea, poorly executed). Sábado levei a Ana numa dessas festas juninas. A quadrilha está menos que capenga, porque nao teve nem ensaio previo. Mas todo mundo se divertiu e a comida era maravilhosa, dentro das capacidades culinárias dos próprios assistentes. E isso porque festa junina aqui é só uma vaga lembrança pra pais que levam uma vida fora do Brasil... Boa sorte no ano que vem.